Sobre o Curso

Estava eu lendo O FIO DA NAVALHA, de Somerset Maugham, quando num diálogo entre Larry (personagem) e o próprio Maugham (que, brilhantemente, está na obra como um personagem), há o seguinte comentário de Larry:
 
“Verifiquei que podia livrá-los, não somente da dor, mas do medo. Esquisito quanta gente sofre disso! Não me refiro somente a medo de espaços fechados e medo das alturas, mas, medo da morte, e, mais grave ainda, medo da vida. Às vezes encontramos pessoas que parecem de ótimo estado de saúde, prósperas, sem nenhuma preocupação, e que no entanto se acham torturadas por esse medo.”
 
Essa passagem me fez lembrar que várias pesquisas apontam que há mais pessoas com medo de falar em público do que da morte. Sinceramente, duvido disso pela simples razão que a morte será um evento único em nossa vida (portanto, impossível de ser comparado com qualquer outro) enquanto situações em que nos vemos obrigados a LEVANTAR E FALAR são bem mais comuns, me fazendo crer que esse medo de falar em público, ou mesmo para uma pequena e familiar plateia, se deve mais à falta de COMPREENSÃO do PROCESSO de comunicação, e de como trabalha-lo internamente, do que propriamente de se expor para falar algo. 
 
Até porque, falar é um ato essencial em nossas vidas, seja num grande evento, seja numa venda, seja numa declaração de amor ou mesmo na interação social. Não importa como, mas nos comunicar (bem) é vital para nossa felicidade e saúde mental, emocional e espiritual.
 
Mas, o fato é que Larry tem razão em sua afirmação. Muitos de nós temos MEDO DA VIDA. Temos medo das oportunidades que a vida nos oferece. Sim, você leu certo e eu não escrevi errado. Temos medo das oportunidades que a vida nos oferece, porque oportunidade significa testar nossas capacidades. Assim, é comum que deixemos passar oportunidades não por falta de técnica, sentimento ou empenho, mas simplesmente porque não conseguimos nos expressar, concatenar nossas ideias e transmiti-las com segurança, tanto para as pessoas à nossa volta, quanto para nós mesmos. 
 
Porque reside aí, meu caro, minha cara, o pulo do gato quando o assunto é comunicação. Fala-se muito em “oratória” como ferramenta para convencer os outros (como se fosse possível, isso), quando a boa “oratória” é um processo interno, de convencimento interno. É a tal “clareza com que estruturo meus pensamentos” que permite uma comunicação transparente conosco primeiro. Isso nos permitirá qualificar, e muito, nossa comunicação com o mundo. 
 
Pois foi com esse pensamento como BASE que, depois de uns 15 anos fazendo palestras resolvi montar um curso. Percebi minha dificuldade em encontrar material que me auxiliasse não apenas em como ME APRESENTAR, mas como desenvolver uma ideia mãe, como estruturar um roteiro, como usar as partes do roteiro (introdução, desenvolvimento e conclusão) em meu favor e, ao mesmo tempo, em favor do público, da plateia, e, principal de tudo, como lidar com dúvidas que vão surgindo durante a estruturação do trabalho, como lidar com MEDO E ANSIEDADE naturais nos momentos que antecedem a hora mágica de LEVANTAR para FALAR.
 
Para além do momento da fala (oratória propriamente dita) eu precisei, e como precisei, construir técnicas para desenvolver a parte estruturante da minha fala (aquilo que não aparece), além de exercícios que fossem PRÁTICOS, que pudessem ser incorporados ao meu dia-a-dia e que me fossem úteis não apenas para falar em público, mas fossem úteis para me tornar mais ativo em relação à minha própria vida, fossem úteis para me tornar mais saudável e, ao mesmo tempo, uma pessoa com boas habilidades para DEFENDER MINHAS IDEIAS.
 
E consegui! Deixando de lado a falsa modéstia, consegui estruturar um curso que atende toda essa gama de situações. Eu realmente consegui. Foram mais de 20 anos de trabalho, de aperfeiçoamento (34 fazendo palestras, e 20 montando e aplicando o curso).
 
Aqui embaixo eu falo sobre os tópicos do curso, onde explico um pouco melhor cada módulo. Mas, o que posso afirmar, e faço com convicção, é que o curso realmente alcança o objetivo proposto. Ouso dizer que ele é tão intenso e interage tão bem com seu cotidiano que vai te parecer que ele sempre esteve ali, com você. Essa é a ideia. Pegou a lição!?
 
Te vejo no curso. Um abraço e felicidades!

Módulos

Levanta e Fala

Módulo 1

Com uma BREVE HISTÓRIA DA COMUNICAÇÃO, iniciamos a jornada demonstrando como o desenvolvimento da história humana de regra foi precedido de saltos tecnológicos nos processos de comunicação. Do...

Saiba mais
Levanta e Fala

Módulo 2

Nesse módulo vamos para a parte prática que é a mais conhecida e difundida quando o assunto é oratória. A apresentação propriamente dita: Expressão corporal; postura (uso da cabeça,...

Saiba mais
Levanta e Fala

Módulo 3

Aqui, vamos dar uma atenção ao uso de LIVES e VÍDEOS. A inserção desse tópico se impôs com a pandemia de 2020 que revolucionou, para o bem e para o mal, nossa forma de comunicação....

Saiba mais
Levanta e Fala

Módulo 4

Aqui vamos dar exemplos de tipos de oratória que devem ser evitadas. Voltaremos às partes do discurso (introdução, desenvolvimento e conclusão), desta vez orientados para você, que vai levantar e falar....

Saiba mais
Levanta e Fala

Módulo Bônus

Nesse tópico, vamos exemplificar os exercícios que sugerimos você fazer (faça o que eu digo e faço...sempre é melhor). Vai ter exercício de dicção, entonação,...

Saiba mais

Experiência Profissional

Inspire seu público com uma linguagem acessível e envolvente.

Como você já leu em algum lugar neste site, sou Walterney Angelo Reus, Advogado há 31 anos (desde 1994). Por força da profissão desenvolvi habilidades de oratória, a qual já tinha como embrião, latente em mim. Faz pouco mais de 20 anos que ministro esse curso de modo presencial. Agora, em 2025, resolvi converter esse trabalho num curso online. Mas, quero te dizer como e porque essa ideia de montar um curso começou.
 
Eu ainda cursava Direito, há 36 anos. Um dia, em busca de um norte, entrei num salão para ouvir uma palestra. Sentei-me num banco na primeira fileira. Estava absorto em meus pensamentos, cheio de dificuldades materiais e, mais ainda, emocionais aliadas a dúvidas existenciais. Enfim, minha vida estava realmente sem qualquer lastro, uma bagunça. Algumas dessas dificuldades eram reais, mas a maioria delas eram imaginárias. 
 
Fui devolvido ao ambiente físico quando a palestrante foi anunciada. Ela levantou e começou a falar. Falava com firmeza e ardor. As palavras pareciam, todas, direcionadas para mim (cheguei a ficar desconfiado). Durante os quase 50 minutos de palestra ela falou pérolas que até hoje gravei: “Antes de ser claro com os outros, seja claro com você”, ou ainda “simplesmente faça” (isso, bem antes da NIKE se popularizar...rs).
 
Eu tinha 24 anos. Saí de lá com uma certeza. Eu queria fazer aquilo. Queria fazer palestra com aquela qualidade. Não lembro o nome da senhora que fez a palestra. Mas ela, por várias razões me comoveu. A começar pela forma clara, simples e profunda com que desenvolveu o tema, sem qualquer preciosismo, com um forte vínculo com o cotidiano das pessoas. Dois anos depois eu estava fazendo palestras em Centros Comunitários e Escolas.
 
 
Sou um entusiasta da Comunicação, não apenas como ferramenta, mas como uma prática quase sagrada de libertação do espírito. Se soubéssemos o valor que tem quando conseguimos estabelecer uma boa conversa, por trivial que seja – aliás, as conversas triviais são riquíssimas –não perderíamos uma única oportunidade de LEVANTAR E FALAR, ou, falar sentado mesmo, mas falar, expor nossas ideias, defender nossos pontos de vista, sem intransigências inúteis, mas com firmeza, clareza e uma pitada de certeza. 
 
Gosto disso, vivo isso, trabalho isso e, mais que tudo, confio na habilidade da boa comunicação para resolver meus problemas externos e internos também. Creia você, ou não, em um Deus, o fato é que a bendita clareza de pensamento me ajudou inúmeras vezes a me relacionar melhor com minha Fonte Criadora.
 
Não há dúvidas em mim, nem em minha prática, que a melhor oratória nasce da clareza do pensamento, passa pela compreensão do poder da comunicação como ferramenta transformadora, se concretiza num roteiro bem pesquisado e bem estruturado, se realizando em uma fala arrebatadora.
 
Por isso compartilharei com você toda essa experiência e técnica nesse curso que, modéstia às favas, é muito bom. Vale seu tempo de vida!
 
Por fim, mas não por último, quero te deixar essa estrofe de um samba monumental de Ederaldo Gentil que diz muito sobre o que é, talvez, nosso maior entrave: A ideia de querermos sermos ótimos antes de sermos bons; de querermos ter habilidades de outros elementos, quando nossas habilidades é que são nossa redenção, e já estão em nós:
 
“O ouro afunda no mar (no mar)
Madeira fica por cima (por cima)
Ostra nasce do lodo (do lodo)
Gerando pérolas finas”
 
Te vejo no curso. Um abraço e Felicidades!

Depoimentos